segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Enfim, é primavera!


Pois é... o inverno acabou. O tempo do recolhimento passou. E no desabrochar da primavera, um novo sentimento chegou.

Mudaram as estações, muita coisa mudou e eu sei bem o que me aconteceu: eu me encontrei. Eu descobri o real significado da vida e, mais ainda, descobri que ele sempre esteve no lugar mais próximo, que é justamente onde eu mais hesitei em procurar: dentro de mim mesmo.

E na noite em que o inverno se despediu, eu redescobri sensações maravilhosas que há tempos não experimentava – e até julgava jamais poder experimentar novamente. Como é bom uma sessão de cinema a dois! Como é delicioso um banho de chuva a dois! Como é perene um abraço sincero na praça!

Melhor ainda foi despedir sem receio de que fosse a única ou a última vez. Ainda melhor foi chegar em casa e deitar com o peito cheio e a alma serena, sem qualquer ressentimento por ter caído simplesmente numa armadilha do sexo casual e inexpressivo.

Foi rápido, mas foi sem pressa. Foi latente, mas não foi urgente.

Estou feliz e meu único receio é de gritar muito alto essa felicidade, pois ouvi dizer que a inveja tem sono leve. Ele é de um jeito que eu sempre sonhei, mas nunca imaginei encontrar. E só não dou detalhes de como ele é porque sou ciumento!

Estou seguro, pois tenho certeza de que não estou me embrenhando, mais uma vez, em um caminho tortuoso buscando um amor impossível, ou mesmo distante.

Estou suspirando e desconcentrado, e posto rápido este texto porque tenho que voltar à minha dura luta contra a monografia. Agora, além do prazo já estar no limite, eu tenho outro motivo para me livrar rápido dela! Preciso de mais tempo livre para me dedicar a ele, que é de um jeito que eu sempre sonhei, e que, enfim, encontrei!