domingo, 27 de julho de 2008

Frisson

Essa semana, por diversas vezes, o assunto “fidelidade amorosa” esteve presente em minhas conversas. Tal tema gera polêmica, já que cada um tem uma visão muito particular a respeito e, obviamente, uma atitude distinta em situações nas quais ela é colocada à prova.

Lembrei-me de um post do Râzi em que ele convoca os leitores a discorrer sobre o assunto, questionando a partir de qual momento o fato de ficar com uma terceira pessoa pode ser considerado traição. Eu comecei a redigir meu comentário ao post “N” vezes, mas me enrolava tanto que acabei desistindo de postá-lo.

Já traí. Mais de uma vez até. Uma dessas traições resultou no término de um namoro de forma muito dolorosa. Noutras, eu fiz questão de mostrar que estava traindo, como uma tentativa de dizer “desencana e desaparece da minha vida” (tosco não, né?!). Mas, algumas vezes, como no meu último namoro, o desejo de trair era impulso para terminar a relação e, depois sim, tentar concretizar o desejo. Diria que é uma questão de respeito com quem está com você, pois, para mim, o ônus da traição é sempre do traidor.

Recorri agora ao Aurélio para saber como se define o termo fidelidade, e encontrei o que resume perfeitamente minha opinião e postura a respeito: 2. Constância, firmeza nas ações e nos sentimentos. Para mim, quem é infiel trai a si próprio muito mais que a alguém.

Estou absolutamente solteiro. Não tenho compromisso algum com ninguém. Estou livre, leve e solto para me jogar em cima de qualquer um, quando, como e onde bem entender. E ainda estou na vantagem de uma produção intensa de feromônios. A noite de ontem era uma oportunidade ímpar para a forra (e a foda!). Fui para a melhor boate gay da cidade, que ofereceu uma festa muito bacana. Inúmeros go go boys exibiam seus corpos esculturais, enquanto freqüentadores não menos maravilhosos rossavam na gente. Eu não estava em clima de boate, mas uma boa dose de vodka me animou rapidinho. E dá-lhe SE JOGAR na pista de dança.

Alguns caras chegaram em mim. Alguns deles eram beeeem interessantes. Havia homens maravilhosos lá, e eu não me furtei a admirar o ambiente. E dancei a noite inteira como se ninguém estivesse me olhando. Saí da casa às 7h30 da matina (quase fiquei cego quando cheguei na rua!).

Logo, fui metralhado por perguntas e insinuações dos amigos, que queriam saber quantos eu peguei na noite, ou quantos me pegaram. Saí no zero-a-zero e ninguém acreditou em mim... e nem precisa acreditar. De acordo com um amigo, eu deveria ter encarado a noite como uma despedida de solteiro, o que não era má idéia.

MAS... confesso não me reconhecer... sinto-me extremamente compromissado afetivamente. E um beijo na boca, ou mesmo uma bela gozada, não me deixaria mais feliz do que a expectativa de entrega a quem tem tornado meus dias tão mais coloridos!